Ex-presidente Jair Bolsonaro é preso pela Polícia Federal após decisão do STF
- 22/11/2025
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Bolsonaro é preso preventivamente pela PF em Brasília após ordem do STF. Decisão cita risco à ordem pública e agrava crise política nacional.
Por: Roberto Neander
Em um dos atos mais tensos e decisivos do cenário político recente, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã deste sábado (22), após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão, cumprida pela Polícia Federal, ocorreu na residência do ex-presidente, em Brasília, e foi motivada pelo argumento da “garantia da ordem pública”, segundo o mandado expedido pelo ministro Alexandre de Moraes.
Bolsonaro foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal, onde permanece sob custódia. A operação acontece um dia após o senador Flávio Bolsonaro, seu filho mais velho, convocar uma vigília de apoiadores em frente ao condomínio da família. A mobilização foi considerada pela PF como fator de risco para turbulência social e possível interferência nas investigações.
A defesa do ex-presidente afirmou que “não tinha conhecimento de decisão que determinasse a prisão”, alegando surpresa diante da medida cautelar.
Condenações já definidas pelo STF
A prisão preventiva não marca o início do cumprimento da pena de 27 anos e três meses a que Bolsonaro foi condenado em 11 de setembro. Naquela sessão histórica, por 4 votos a 1, o STF sentenciou Bolsonaro e sete aliados pelos crimes de:
Organização criminosa armada
Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
Golpe de Estado
Dano qualificado por violência e grave ameaça
Deterioração de patrimônio tombado
As penas ultrapassam 20 anos de reclusão para a maioria dos condenados, mas a execução ainda depende da análise de eventuais recursos, incluindo embargos infringentes, que a defesa já anunciou que irá apresentar.
Pedido para cumprir pena em casa
Na sexta-feira (21), a defesa de Bolsonaro enviou pedido a Alexandre de Moraes solicitando que a eventual pena seja cumprida em regime domiciliar, argumentando que o ex-presidente “não teria condições físicas de ser encaminhado a um presídio comum”. Os advogados afirmam que o ex-chefe do Executivo está com “saúde profundamente debilitada” e que sua integridade estaria em risco no sistema prisional.
O pedido ainda será analisado.
Aliados também condenados
Além de Bolsonaro, também tiveram recursos negados:
Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice em 2022
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
Augusto Heleno, ex-chefe do GSI
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin
Já o ex-ajudante de ordensMauro Cid, que assinou acordo de delação premiada, não recorreu. Ele cumpre pena em regime aberto e já retirou a tornozeleira eletrônica.
O caso segue em atualização e promete novos desdobramentos nas próximas horas, ampliando o impacto jurídico e institucional que assombra o país.
Por: Roberto Neander
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